Texto:
Gl 2. 20
Introdução:
Se Cristo vive em mim, qual é então o estilo de vida que devo
viver? Como deve ser a vida cristã individual e na coletividade?
1
– UMA VIDA DE ORAÇÃO.
1.1.
Oração para ter uma vida mais próxima de Deus.
Salmos
69. 13, 18: (13) Eu, porém, faço a minha oração, a ti, Senhor,
num tempo aceitável; ó Deus, ouve-me segundo a grandeza da tua
misericórdia, segundo a verdade da tua salvação. (18) Aproxima-te
da minha alma, e resgata-a; livra-me por causa dos meus inimigos.”
1.2.
Oração por perdão de pecados.
Salmos
51. 9 -11: “Esconde a tua face dos meus pecados e apaga todas as
minhas iniquidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova
em mim um espírito reto. N ão me lances fora da tua presença e não
retires de mim o teu Espírito Santo.”
Salmos
79.9: “Ajuda-nos, ó Deus da nossa salvação, pela glória do teu
nome; e livra-nos e perdoa os nossos pecados, por amor do teu nome.”
1.3.
“Orai uns pelos outros”.
Tiago
5. 16: “Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos
outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em
seus efeitos.”
Quantas
bençãos temos recebido como através da oração?
2
– PRIMAZIA PELA PALAVRA DE DEUS
2.1.
A Palavra de Deus deve ser bem manejada.
2
Tm 2. 15: “procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que
não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
2.2.
Ela é comparada a chuva, orvalho e “gotas de água”
Dt
32.2: “Goteje a minha doutrina como a chuva, destile o meu dito
como o orvalho, como chuvisco sobre a erva e como gotas de água
sobre a relva.”
2.3.
A Palavra de Deus transmite vida.
Salmos
1. 1-3: “Bem aventurado o varão que não anda segundo o conselho
dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta
na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do
Senhor,e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a
árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto
na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer
prosperará.”
3
– NÃO SE ILUDA COM O PRAGMATISMO TEOLÓGICO.
Pragmatismo:
corrente de ideias que prega que a validade de uma doutrina é
determinada pelo seu bom êxito prático. Isso tem levado muitas
igrejas a adaptarem a sua mensagem e sua liturgia de acordo com as
demandas de seu público, ou seja, aos princípios da
pós-modernidade.
Para
o Pragmatismo, verdade é o que funciona, sem se preocupar com os
princípios morais, éticos, etc.
No
pragmatismo, a verdade é relativa, e isso só enfraquece a nossa fé
e doutrina.
A
Assembleia de Deus no Brasil é uma igreja histórica/clássica, e
precisamos nos manter firmes, conservando nossa boa doutrina e bons
costumes. Contextualizar com o nosso tempo não quer dizer mudar junto com o "tempo", mas conhecer o seu tempo, a sua geração e as necessidades dela e apresentar Cristo como a resposta de seus anseios.
Por
isso, devemos nos atentar para alguns conselhos que a Palavra de Deus
nos transmite:
3.1.
Paulo temia que essas mudanças levariam a igreja a um “outro
evangelho”.
Gl
1. 6, 7: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que
vos chamou à graça de Cristo para outro
evangelho,
(7) o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem
transtornar
o evangelho de Cristo.”
“O
sucesso do falsificador de moedas depende de quão parecida a moeda
falsa se torna com a genuína.” Assim Satanás tem introduzido
“outro evangelho” em certas igrejas, onde o “joio se parece com
o trigo”. É muito similar ao verdadeiro Evangelho. Seus líderes
tem “aparência de piedade, mas negam a eficácia dela. Destes
afastai-vos.” (2 Tm 3.5)
Veja
algumas características deste “outro evangelho”:
3.2.1.
Não confronta o pecado e o erro. Evangelho light.
3.2.2.
Culto ao homem. Ele é o centro. Isso leva o homem a ignorar que é
nascido em pecado e que necessita nascer de novo se quer ver o “Reino
de Deus” (Jo 3)
3.2.3.
Apresentar um mundo onde vale a pena viver, gozar de seus prazeres, e
onde a falta de Cristo não é sentida e Deus não será necessário.
Isso chama-se Teologia
da Prosperidade.
3.2.4.
A cultivação do velho homem é mais prática do que “nascer de
novo”.
3.2.5.
A Bíblia não está presente nos púlpitos, tampouco nos bancos.
3.2.6.
Liturgia animadora: culto “stand up” e outros. Pregador não é
comediante!
3.2.7.
Igrejas shows, onde os púlpitos se transformaram em verdadeiros
palcos. Em outras há lugar para a prática de artes maciais, ao
invés da classe de discipulados.
3.2.8.
Introdução de práticas que enchem as igrejas: Batalhas épicas
(Davi e Golias); muralhas sendo derrubadas, água sendo transformada
em vinho, etc.
3.2.9.
“Os fins justificam os meios.”
3.2.
É necessário conservar o “modelo das sãs palavras”.
2
Tm 1.13, 14: “Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens
ouvido, na fé e na caridade que há em Cristo Jesus. Guarda o bom
depósito pelo Espírito Santo que habita em nós.”
Quando
Paulo fala sobre guardar as “sãs palavras” ele se referia as
doutrinas bíblicas ensinadas por ele ao jovem Timóteo. Hoje, muitas
igrejas estão ignorando esse conselho e enfatizando a experiência em
detrimento do Ensino da Palavra, ou seja, primeiro vale as opiniões,
movimentos, modismos, e depois procuram nas Escrituras alguma forma
de justificar essas ações.
3.3.
Paulo aconselha o pastor Tito de forma incisiva a “reter firma a
fiel palavra”.
Tito
1. 9: “Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina,
para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como
para convencer os contradizentes.”
Paulo
exorta a Tito não só a “admoestar com a sã doutrina” (ensinar,
tornar Cristo conhecido entre os fiéis), mas também a “convencer
os contradizentes” (corrigir, defender a verdade).
4
– NÃO DESPREZE OS PRINCÍPIOS DE AUTORIDADE E LIDERANÇA
Se
você observar os diversos seguimentos da sociedade observará que a
“autoridade”
está presente. A começar pela família (pai, mãe, filhos),
passando pelas empresas (patrão, gerente, funcionários), etc.
Porém,
quando o assunto é igreja existem sempre aqueles que não reconhecem
as autoridades que Deus delegou sobre o seu rebanho.
Primeiro,
responderemos o que significa a “autoridade”
dentro
dos parâmetros da Palavra de Deus e que devem ser observados na
igreja. Veja:
Em
Romanos 13.1, paulo descreve a autoridade com a palavra grega
exousia,
que significa direito
irrestrito a liberdade de ação.
Em
português, autoridade vem do latim auctoritate,
que deriva de
auctor,
promotor, patrocinador, ou seja aquele que promove a cooperação ou
submissão do grupo em prol de um objetivo maior.
Toda
e qualquer autoridade exercida por alguém em posição de liderança, é dada por Deus, que está sobre tudo e todos (Jó 34.13; At 01.07).
Quando
Pilatos diz que tem poder para mandar prender ou soltar Jesus, Ele
responde que: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não
te fosse dada.” (Jo 19. 11)
Portanto,
não existe autoridade que não seja delegada por Deus, cuja
autoridade é absoluta sobre tudo e todos.
A
Palavra de Deus nos orienta acerca dos líderes que estão sobre a
igreja e a forma que esta deve comportar-se com relação a eles.
Veja:
4.1.
É o próprio Deus quem “coloca” o homem no ministério.
1
Tm 1. 12: “E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus,
Senhor nosso, porque
me teve por fiel, pondo-me no ministério.”
É
Deus quem separa, prepara e “coloca” no ministério e na
liderança, seja em qual nível for. Portanto, quer seja o pastor ou
qualquer tipo de autoridade ou liderança levantada por Deus na
igreja deve ser respeitada, e qualquer líder que surja em rebeldia à
autoridade instituída por Deus não
é legítimo e não deve ser considerado como tal.
Perceba que Paulo deixa claro que um dos motivos porquê Deus o
“colocou” no ministério é porque o considerou “fiel”.
4.2.
O propósito de Deus ao dar líderes para a igreja.
Ef
4. 11, 12: “E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para
profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e
doutores, (12) querendo
o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do Corpo de Cristo.”
4.3.
O papel do liderado com relação a autoridade do líder.
Hb
13. 17: “Obedecei
a
vossos pastores e sujeitai-vos a eles;
porque velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta
delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não
vos seria útil.”
Ex
24. 13: “E levantou-se Moisés com Josué,
seu servidor,
e subiu Moisés o monte de Deus.”
Hb
13.7: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a Palavra
de Deus, a
fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.”
(o
obreiro e a igreja devem observar o pastor e falar a sua língua,
abraçando a sua visão).
1
Tm 5. 17: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por
dignos
de duplicada honra,
principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina.”
1
Ts 5. 12, 13: “E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que
trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e vos
admoestam; (13) e que os tenhais
em grande estima e amor,
por causa da sua obra. Tende paz entre vós.”
Paulo
fala aqui do líder como um modelo a ser imitado, honrado, apoiado e
seguido. Essa regra é indispensável, principalmente para aqueles
que militam ou tem aspiração para o ministério.
“Desobediência
é conduta. Rebeldia é princípio de Satanás. A rebeldia de Satanás
foi expressa nessa competição com a autoridade. A insubmissão é o
pecado que leva aos demais.” (Abílio Chagas)
Regra
básica: Deus não quebra os princípios de autoridade!
5
– SEJA CONSTANTE NA VIDA ESPIRITUAL E NA OBRA DE DEUS
1
Co 15. 58: “Portanto,
meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na
obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.”
Perceba
que Paulo inicia o capítulo 15 de 1 Coríntios enfatizando a verdade
da morte de Jesus pelos pecados do homem e ao decorrer do texto, o
Apóstolo passa a discorrer acerca da ressurreição de Jesus e os
seus resultados na vida do Cristão.
No
fechamento do texto, Paulo faz uma exortação tríplice. Veja:
5.1.
“...sede firmes...”
Firmes,
fixados na fé do Evangelho que foi pregado e que ele receberam, a
saber, “que
Cristo morreu por nossos pecados e que ressuscitou ao terceiro dia,
segundo as Escrituras” (v. 3, 4).
Nossa
fé nessa verdade não pode ser abalada, pois elas são muito certas
e de maior importância. O crente em Cristo não pode perder de vista
a verdade do perdão de seus pecados e garantia de vida eterna. Essa
promessa está fundamentada nas palavras de Jesus e garantida pela
sua ressurreição: “...porque
eu vivo, e vós vivereis”.
(Jo 14. 16).
A
descrença em uma vida futura tem levado muitos a viverem de qualquer
maneira, a seu bel prazer, como animais, que comem e bebem esperando
morrer amanhã.
5.2.
“...e constantes...” - inalteráveis
O
crente deve ser inalterável em sua esperança de ressurreição e
vida eterna. Paulo em Colossenses 1. 23 deixa claro que uma condição
para que sejamos apresentados a Deus “santos, e irrepreensíveis, e
inculpáveis” (Cl 1.22) é a nossa constância na fé. Veja:
Cl
1. 24:
“se,
na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos
moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi
pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo,
estou feito ministro.”
Essas “esperanças” são o nosso consolo nos momentos mais
adversos desta vida. Que nos fazem sair vitoriosos das mais terríveis
pressões, e tribulações da vida. Essa “esperança” é o nosso
antídotos mais eficazes contra o medo da morte, da tristeza e da
depressão.
O
escritor da carta aos Hebreus exorta a pormos no “nosso refúgio em
reter a esperança proposta; a qual temos como âncora da alma segura
e firme e que penetra até ao terceiro céu, onde Jesus, nosso
precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo
a ordem de Melquisedeque.” (Hb 6. 18, 19)
5.3.
“...sempre abundantes na obra do Senhor...”
O
crente deve prosseguir em santidade, obediência, zelosos e
perseverantes, continuando em direção a perfeição, prontos e
capacitados para toda boa obra. Nenhum cristão deve se privar, tendo
essa esperança, de crescer a cada dia, na “graça e no
conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo”. Enquanto aguardamos
essa viva esperança, cabe-nos desenvolver os nossos talentos em prol
da obra de Cristo, ou seja, fazer a obra!
5.4.
Recompensa: “...sabendo que o vosso trabalho não é vão no
Senhor.”
O
crente deve ter a convicção que está edificando sobre o melhor
chão do mundo, firme, inabalável. Sua constância terá uma
recompensa, nesta vida e no porvir. Veja:
Hb
6. 10:
“Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do
trabalho da caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto
servistes aos santos e ainda servis.”
Rm
8. 18:
“Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo
presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser
revelada.”
Conclusão:
que nossa vida, testemunho, fé e labor na obra do Senhor sejam
coroados de vitórias. Que tenhamos o testemunho dos que estão de
dentro e dos que estão de fora, os quais temos o dever de ganhar
para Cristo. Que militemos legitimamente, de acordo com os princípios
da Palavra de Deus, procurando, assim como Paulo, “sempre
ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os
homens”
(Atos 24. 16)
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