Lições Bíblicas CPAD, 1º trimestre de 2019
Lição 01, 06 de janeiro de 2019
Texto áureo: Mt 26. 41 - Leitura bíblica em classe: 1 Pe 5.
5-9
Visão
Geral do Trimestre: O
objetivo do estudo de nosso trimestre não deve ser uma
supervalorização de Satanás e dos demônios, mas um esclarecimento
e uma conscientização de que o mundo espiritual existe, e de que há
uma atuação do diabo e seus demônios a todo vapor entre a
humanidade ou porque não falar na vida de muitos homens. O objetivo
desse trimestre é desmistificar a questão de batalha espiritual da
forma que ela é vista pelas igrejas neopentecostais, e ensinar a
igreja como batalhar contra Satanás com as armas que o Senhor nos
disponibilizou: a Palavra de Deus, vigilância, oração, jejum, o
Nome de Jesus, uma vida de santificação, enfim, vamos aprender que
nesta luta temos todas as condições de sairmos vitoriosos, desde
que usemos as armas certas e as estratégias já estabelecidas por
Deus.
Introdução:
Precisamos entender que a batalha espiritual existe. Ela é bíblica,
não no sentido que está sendo ensinada pelas igrejas
neopentecostais, onde o que predomina-se é o ensinamento da
“maldição hereditária, mapeamento espiritual, crentes
endemoniados”, etc. A bíblia tem as respostas e a doutrina que nos
ensinará sobre o assunto.
I
– A BATALHA ESPIRITUAL
1
– O conceito de batalha espiritual.
A atuação de demônios no mundo e
nas pessoas é relatado pela Bíblia. “O mundo jaz no maligno” (1
jo 5. 19). Satanás tem sido rebelde e pecado desde o início (1 Jo
3. 8). O diabo, desde o início da humanidade tem feito de tudo para
afastar a humanidade de Deus, dos planos de Deus para o homem, e
sobretudo da salvação eterna. O nosso adversário só pode ser
vencido pelo poder da Palavra de Deus, da oração, do Nome de Jesus.
Essas são as armas que temos disponíveis para enfrentar as hostes
de Satanás. A igreja recebeu autoridade de Jesus para expulsar
demônios, pisar serpentes e escorpiões, “e sobre todo o poder do
inimigo” (Lc 10. 19; Mc 16. 17, 18). Esse contexto de oposição a
todas as obras do adversário é que chamamos de “batalha
espiritual”.
2
– Uma realidade bíblica.
Estamos em uma batalha e o nosso
adversário tem nome: Satanás e seus exércitos de demônios.
Encontramos na Bíblia diversos textos que mostram a sua atuação
contra os servos de Deus. Vejamos alguns exemplos:
A – Guerra contra Ramote-Gileade. 1
Rs 22. 10 – 28; 2 Cr 18. 5 – 27
B – A prova de Jó. Capítulos 1, 2
e 3 do Livro de jó
C – Tentação de Jesus. Mt 4. 1 –
11; Mc 1. 12, 13; Lc 4. 1 – 13
D – Pedro enfrentando Simão. At 8.
9 – 24
E – Paulo. At 13. 8 – 11; 16.
16-22; 19. 11-19
F – Luta espiritual. Ef 2.2; 6.
10-12
3
– O que não é batalha espiritual.
A atual ênfase em “batalha
espiritual” como ensinado nas igrejas neopentecostais têm a sua
origem no pastor norte-americano Peter Wagner (1930 - 2016). O pastor
Peter foi representante do Movimento de Crescimento da Igreja,
fundado por Donald MacGravan em 1955. Em 1980 ele começou a
interessar-se pelas dimensões espirituais na vidas eclesiásticas.
Em 89 chega a conclusão que o evangelismo tem um melhor resultado
quando se ora, e que Deus tem levantado indivíduos com um poder e
chamado especial para a intercessão.
Com este pensamento, Peter Wagner
reuniu em um hotel um grupo de pessoas para orarem por um congresso
que seria realizado em frente ao estabelecimento onde estavam, em
Lausanne. Durante a intercessão um dos membros da equipe, a senhora
Juana Francisco, começou a ter uma crise asmática, sendo socorrida
ao hospital local. Enquanto era atendida, outras duas intercessoras,
Mary Lance e Cidy Jacobs receberam uma mensagem de Deus que o mal que
acometera Juana era “obra de macumba”. Imediatamente todos oraram
e a mulher ficou curada.
Peter interpretou o acontecido como
uma lição de Deus. A partir de então ele adotou os seguintes
princípios: “a evangelização do mundo é uma questão de vida ou
morte, a chave para a evangelização consiste em ouvirmos a Deus e
obedecermos o que tivermos ouvido, visto que eles sabiam que Deus
queria que a maldição fosse anulada, por isso entraram em ação, e
por último, que Deus usará a totalidade de seu corpo para a obra de
evangelização do mundo”.
Naquele congresso foram abordados os
assuntos de “espíritos territoriais e intercessão espiritual em
nível estratégico”. Estava dado o pontapé inicial. Não muito
depois eles organizaram um grupo denominado “Rede de Guerra
Espiritual”, onde passaram a discutir e difundir a ideia de
“batalha espiritual”.
A ideia que se tem hoje quando se
fala em “batalha espiritual” é o que foi difundido por Peter
Wagner, seu grupo de amigos e pregadores abraçaram essa falsa
teologia, tudo tendo início dentro do que dito acima, e que será
detalhado nos próximos pontos.
II
– PRINCIPAIS CRENÇAS DA PSEUDO BATALHA ESPIRITUAL
1
– Mapeamento espiritual.
Resumidamente esta doutrina consiste
em que Satanás teria designado um demônio específico para atuar em
determinada região, e ter autoridade nesta região, cidade, estado,
país ou continente, e que o Evangelho só pode ser pregado depois
que esse espírito maligno for expulso por um homem cheio do Espírito
Santo. Em decorrência disso surgiu a necessidade de uma geografia
espiritual, surgindo então o mapeamento espiritual, ou a doutrina de
“espíritos territoriais”.
2
– A maldição hereditária.
Essa doutrina ensina que se uma
pessoa tem problemas com drogas, homossexualidade, alcoolismo,
doenças, pornografia, pensamentos suicidas, entre outros problemas,
isto tudo é fruto de gerações passadas, e que cabe a essa pessoa
ou ao seu “guru espiritual”, ou aquele que faz a sua “cobertura
espiritual”, descobrir em qual geração abo teve acesso aquela
linhagem familiar, e a partir daí pedir perdão por essa geração
para que a maldição seja quebrada. Os textos utilizados são Ex 20.
5; Dt 5.9; Is 8. 19.
3
- “Crentes endemoninhados”.
Aqui, para defender a sua doutrina os
adeptos da “batalha espiritual” mudam a própria composição do
homem. Ensinam que “o homem é um espírito que tem alma e habita
num corpo” (Kenneth Hagin). É até confuso, não é? Mas quem quer
torcer as verdades do Evangelho para defender as suas heresias são
capazes de tudo. Diante dessa afirmação eles argumentam que “o
Espírito Santo habita no espírito, e os demônios podem habitar na
carne”.
Outro argumento que os adeptos desta
doutrina se valem para defender que “crentes podem ficar
endemoninhados” é o fato de que em algumas traduções da bíblia
traduziram “endemoninhado” por “possuído”. Um exemplo,
segundo Ezequias Soares em “Batalha Espiritual” (CPAD, p. 23) é
a versão da Bíblia King James. Ainda segundo Ezequias Soares o
grego usa a palavra “daimonizomenos”,
significando “endemoninhado”, ou “echon
daimonia”, significando
“ter demônios ou estar com demônios”.
Dentro ainda desse assunto há a
argumentação de que Saul fora “possuído” por um “espírito
mau da parte de Deus” (1 Sm 18. 10; 19 .9). Esquecem-se de
mencionar que Saul neste contexto já havia sido rejeitado pelo
Senhor. A Bíblia cita que “o Espírito do Senhor se retirou de
Saul” (1 Sm 16. 14). Saul já era um desviado.
Outro texto citado é Lucas 22. 3
onde diz que “Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes”.
Porém o próprio Jesus já havia dito que Judas era “um diabo”
(Jo 6. 70)
Enfim, “aquele que está em Cristo
é uma nova criatura” (2 Co 5. 17); nasceu de novo (Jo 3); é
templo do Espírito Santo (1 Co 6. 19); o maligno não toca naquele
que é gerado de Deus (1 Jo 5. 18).
III
– VAMOS À BÍBLIA
1
– Sobre o mapeamento espiritual.
Para que esta ideia seja sustentada
alguns versículos da Palavra de Deus são utilizados, muitas das
vezes fora de seu contexto ou com erros de interpretação, para que
sejam adequados aos interesses de Peter Wagner. Entre os textos
bíblicos podemos citar:
A – 2 Co 4. 4: “o
deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos”.
Nste texto Peter Wagner interpreta “incrédulos” como
“territórios”, “incluindo nações, estados, cidades, grupos
culturais, tribos, estruturas sociais, e sobre essa falsa premissa,
constrói o seu pensamento doutrinário”. (Soares, p. 22). Nesse
sentido, não somente as pessoas, mas toda a estrutura política,
eclesiástica, social, entre outras organizações, sofrem a
intervenção e controle de “espíritos territoriais”
B – Dn 10. 13, 20: “Mas
o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias:
porém Miguel, um dos príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive
vitória sobre os reis da Pérsia.”[…] “e ele disse: Sabes
porque eu vim a ti? Eu tornarei a pelejar contra o príncipe dos
persas; e, saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia”. O
texto em lide deixa bem claro a atuação de seres angelicais em
determinadas nações. Entre comentaristas que apoiam essa afirmação
cito aqui o Dr. Russell Shedd em seu comentário na Bíblia Shedd: “O
príncipe do reino da Pérsia. O poder espiritual satânico manifesto
através do culto pagão dos persas”. Observamos
no texto uma batalha entre seres angelicais, espirituais, e não
entre anjos e homens. Daniel aqui almejava era receber a mensagem de
Deus.
C -
Mt 4:8,9: “Levou-o
ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do
mundo e a glória deles e lhe disse: “Tudo isto te darei se,
prostrado, me adorares”.
No texto parece-nos que Satanás diz ter autoridade sobre nações e
reinos, porém não nos dá base para afirmar que ele tenha
estabelecido um demônio específico para atuar em cada região.
D - Mc 5:10: “E
rogou-lhes encarecidamente que os não mandasse para fora do país”.
Nesse texto o que Peter Wagner usa para defender a sua doutrina é o
fato de que os demônios pediram a Jesus para “que
os não enviasse para fora daquela província”.
O pedido se dá não porque eles tinham autoridade sobre aquela
província ou região, mas sim, conforme lemos o mesmo acontecimento
em Lucas 8. 31 porque eles seriam lançados no abismo.
Estudando os textos propostos
observamos que o Satanás e seus demônios são organizados,
possuindo hierarquia sobre os seus subordinados, e atua nas regiões
celestiais influenciando as nações. Analisando principalmente Dn
10. 13, 20 podemos concluir que fica expressa a ideia de um espírito
maligno influenciando uma nação. Porém, uma doutrina inteira não
pode ser baseada neste texto. Não encontramos na Bíblia outros
textos que nos afirmam essa verdade de forma específica ou que
simplesmente deixam margem para uma interpretação que apoie a
doutrina de “batalha espiritual” nos moldes que eles ensinam
sobre “espíritos territoriais”. Sendo assim, onde a Bíblia se
cala, nos calamos juntos, e qualquer afirmação ou informação
adicional são meras especulações.
2
– Sobre a maldição hereditária
Como vimos acima, a “maldição
hereditária” quer explicar erroneamente que os problemas que um
indivíduo ou uma família passa, tais como doenças, vícios em
drogas e álcool, prostituição, divórcios ou tendências suicidas
são consequências de uma escolha passada, de gerações passadas
que deram entrada ao diabo para que ele atuasse nesta geração e nas
futuras. A única forma de solucionar o problema é descobrindo qual
geração cometeu o pecado e pedir perdão por ela.
Essas afirmações baseiam-se em
textos como Êxodo 20. 3 – 5, alegando que a “Palavra declara que
uma maldição pode ser transmitida de geração a geração”. No
entanto, o objetivo do texto é contrastar o castigo para a “terceira
e quarta geração” com o propósito de Deus de abençoar a
milhares de geração. Deus alertava o povo de Israel de que as
maldições alcançariam os descendentes que continuassem envolvidos
na idolatria e pecado, ou seja, o pecado seria individual de cada
geração e indivíduo. Não há que se falar em uma geração
pagando pelo pecado ou desobediência de outra.
Quando olhamos para a história de
Israel vemos gerações após gerações se corrompendo, afastando-se
de Deus. No entanto, os cativeiros vieram porque aquela geração que
foi levada para eles não se converteram, mas continuaram nos
caminhos de seus pais.
Outra falácia para sustentar os
argumentos da “maldição hereditária” é o conceito que fazem
de “espíritos familiares”, cujo conceito é que “há uma nova
vida, uma nova natureza em você. Mas seus filhos podem herdar seu
ponto fraco. Sua geração foi purificada, mas eles têm de
purificar-se também! A maldição precisa ser quebrada neles, ou
eles herdarão sua fraqueza, que veio de seu pai e, antes dele, de
seu avô e seu bisavô” (Soares, 2018, p. 19). O texto onde baseiam
essa doutrina é Lv 19. 31; 20.6 onde “adivinhadores” é
substituído por “espíritos familiares” na versão da Bíblia
King James. “Essa tradução
é pouco usada e de origem desconhecida. Muitos dicionários e
léxicos não usam a expressão, e pouquíssimos fazem menção dela
com ressalva...” (Soares,
2018, p. 21).
Para os pregadores da doutrina os
espíritos que atuaram em alguém no passado levando-o a determinada
prática pecaminosa ou atuando na destruição d família de alguma
forma, como acidentes automobilísticos, corrupção, religiosidade e
idolatria, comportamento social, vícios, homicídios, violência em
todos os sentidos, feitiçarias, enfim, toda “má sorte” é
atuação desse “espírito familiar” que precisa ser identificado
e expulso por meio da intercessão e quebra de maldição.
O que nós cristãos precisamos nos
conscientizar é de que aquele que está em Cristo é uma nova
criatura, “as coisas velhas já passaram, e eis que tudo se fez
novo” (2 Co 5. 17). Éramos inimigos de Deus, mas fomos
reconciliados com Ele através de Cristo (Rm 5. 8-10). “Os pais não
morrerão pelos filhos, nem os filhos, pelos pais; cada qual morrerá
pelo seu pecado” (Dt 24. 16). Aquele que etá liberto por Cristo o
mal não tem autoridade ou acesso para amaldiçoá-lo. Sobre ele está
a proteção do Sangue de Jesus. Lembra dos umbrais das portas
sinalizadas pelo sangue no Egito?
3
– Sobre a possibilidade de o cristão ser possesso.
Complementando o que já falamos
acima, deixamos claro que um crente não pode ser possuído por um
demônio. Não um crente verdadeiro, que vive em santificação,
lavado pelo Sangue de Jesus.
Os textos já citados acima nos
demonstram isso, e dentre eles quero discorrer novamente sobre dois,
tirando algumas dúvidas ou pelo amenizando o que pode trazer
dificuldades na hora de lecionar a lição. Os textos são 1 Sm 16.
14 e Atos 5. 1 – 11.
Em 1 Sm 16. 14 temos o seguinte
texto: “E o Espírito do
Senhor se retirou de Saul, e o assombrava um espírito mau, da parte
do Senhor.” (ARC). Pois
bem. O que temos visto e aprendido até aqui é que após o Espírito
Santo se retirar de Saul, Deus permitiu que um “espírito maligno
ou demônio” o atormentasse, de forma que quando Davi tocava a sua
harpa “o espírito mau se retirava dele” (1 Sm 16. 23). No
entanto, neste tópico da lição encontramos a seguinte afirmação:
“além disso a Bíblia não fala de demônio, mas ‘que o
assombrava um espírito mau da parte do Senhor’ (1 Sm 16. 14)”.
no livro de apoio da CPAD, na página 25, o autor e comentarista da
lição deixa claro a sua opinião: “Trata-se
de um espírito da parte de Deus, e não de Satanás”
(Soares, 2018, p. 25). Eu não tenho dúvida que o autor do livro e
comentarista da lição deva ter os seus argumentos teológicos e
Bíblicos para as afirmações, tanto no livro, quanto na revista,
mas em ambos os casos eles não foram apresentados para elucidar as
dúvidas que, com certeza, surgirão na mente de nossos alunos, uma
vez que estão a vida toda ouvindo e lendo que o “espírito mau”
é um “espírito maligno” que Deus permitiu agir na vida de Saul,
o que a própria Bíblia de Estudo Pentecostal afirma na página 455
comentando o versículo em lide. Portanto, faltou explicação para
algo considerado “novo”. O professor terá dificuldades para
explicar para a classe a posição do comentarista, e o mais
importante no tópico não é provar se o que atormentava Saul era
maligno ou não, mas sim mostrar que o rei já não tinha a presença
de Deus quando fora atormentado, e que ele estava desviado de Deus, e
que um crente não pode ficar possesso por demônios. Outrossim,
Pearlman cita que o que aconteceu foi que Saul foi tomado por um
sentimento de desgosto, depressão e tristeza, vindo de Deus, como
resultado ou consequência de ter se afastado do Senhor, e pelas suas
decisões frustradas. (PEARLMAN, 1983, p. 54) Essa parece ser a
posição do comentarista da lição, mesmo sem ter explicado.
Quanto a Atos 5. 1 – 11 podemos
dizer que Ananias e Safira não ficaram possessos, mas por não
discernirem a pessoa e a atuação do Espírito Santo na meio da
igreja eles mentiram ao Espírito. Eles um momento de falta de
vigilância eles foram influenciados por Satanás a pecar e a mentir
contra Deus. Todo crente deve ter esse cuidado, para manter-se fiel a
Deus, sensível a Sua Presença e pronto para discernir quando
atitudes ou ações, quer sejam carnais ou espirituais, não condizem
com a forma de viver cristão e podem se tornar tropeços na sua
caminhada cristã.
4 – O homem segundo a Bíblia.
Neste tópico enfatiza-se a
composição do homem. Ele não é um espírito, mas foi formado do
pó da terra, sendo que Deus soprou em suas narinas o fôlego de
vida, “e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7). Somente esse
texto lança por terra facilmente a argumentação dos adeptos da
“batalha espiritual” de que o Espírito Santo habita o
“espírito”, mas a carne pode ser habitada por demônios. Quando
Deus olha para o homem o vê em sua totalidade: espírito, alma e
corpo, e esses três elementos devem ser “conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” através
da santificação. (1 Ts 5. 23).
Conclusão:
Concluímos que a batalha espiritual é uma realidade bíblica, mas
que deve ser considerado a luz da própria Bíblia, e não pelos
exageros pregados pelas igrejas neopentecostais e adeptos desta
doutrina, até mesmo entre nós. O cristão precisa ter maturidade
para discernir entre o que é espiritual e o que é fanatismo. Além
disso, ter uma vida de santificação, que é para Deus, para ter
comunhão com o Seu Senhor, para agradar Aquele que o salvou, e não
somente para se ver livre do diabo. Se viver assim, de forma
equilibrada, pautado na Palavra e tendo uma vida de oração e
comunhão com Deus, vencerá todas as batalhas espirituais.
Boa aula!
Pr. Samuel Eudóxio
(32)98801-1324
BIBLIOGRAFIA
1 – Lições Bíblicas CPAD; 1º
Trimestre de 2019
2 – SOARES, Esequias. BATALHA
ESPIRITUAL. 1ª edição. RJ. CPAD. 2018.
3 – CHAMPLIN, R. N. ENCICLOPÉDIA DE
BÍBLIA, TEOLOGIA E FILOSOFIA. 13ª edição. SP. Hagnos. 2015
4 – PEARLMAN, Myer. ATRAVÉS DA
BÍBLIA, LIVRO POR LIVRO. 6ª edição. BH. Editora Vida. 1983.
5 – WIERSBE, W. W. COMENTÁRIO
BÍBLICO EXPOSITIVO. 1ª edição. SP. Geográfica Editora. 2015
6 – Bíblia Thompson
7 – Bíblia King James
8 – Bíblia de Estudo Pentecostal
9 – Bíblia Sagrada, versão ARA
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